Afinal, o que é o atual Lynyrd Skynyrd?
Desde a confirmação do Lynyrd Skynyrd no SWU recebi diversas mensagens pelo Facebook e Twitter, muitas delas diziam que não valia apena ir ver o Lynyrd Skynyrd. O argumento era sempre o mesmo: "O Lynyrd Skynyrd morreu quando Ronnie Van Zant morreu!".
Se estivesse escrevendo essa matéria uns seis meses atrás, iria concordar sem nenhum problema com essas pessoas, mas depois que passei a conhecer melhor os lançamentos da banda no pós-acidente, perdi esse preconceito.
Não sou um fã de carteirinha dos novos lançamentos, mas muita coisa boa foi lançada e temos que dar crédito para essa atual formação da banda, que leva para cada vez mais pessoas a música dessa "instituição" chamada Lynyrd Skynyrd.
Ontem saiu no Estadão uma entrevista com o Johnny e foi após ler ela que tive a inspiração para escrever esse texto e em uma das resposta do Johnny está a minha. O trecho mais importante dessa entrevista é quando o Jotabê Monteiro fala que muita gente acha que o Lynyrd Skynyrd sem o Ronnie é igual ao Creedance sem o John Fogerty. A resposta do Johnny foi ótima:
"Acho que há uma grande diferença entre o Creedence e a gente. Nós temos discos novos, sempre estivemos gravando e excursionando, não nos reunimos para tocar material antigo. Há 25 anos que estamos avançando com a banda. É claro que há um vácuo deixado por gente importante, como meu irmão, mas o Lynyrd sempre foi mais do que uma banda apoiada em indivíduos. É como no futebol. Aqui, nos Estados Unidos, temos o futebol americano. Joga-se em conjunto, um passa a bola ao outro, que a leva adiante. Recebi a bola para fazê-la ir à frente, é o que estamos fazendo."
Na entrevista ele também fala um pouco do setlist do show:
"No Brasil, vamos tocar uma mistura de clássicos e coisas novas. Quem for ao show vai ouvir Alabama, e também Freebird, e Tuesday's Gone, e Simple Man. Todos os clássicos, e vamos tocá-los para fazer o que sempre fizemos: levar as pessoas para longe das preocupações do dia a dia, esquecer dos problemas, mergulhar na música. Teremos um dia de folga aí no Brasil. O que você sugere?"